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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Cientistas dos EUA apresentam projeto de bioimpressora, que pretende imprimir tecido humano

Máquina ainda está em desenvolvimento, mas pode começar a ser usada em apenas cinco anos. Equipamento vai curar ferimentos e queimaduras de pele imprimindo novo tecido no paciente.


Pesquisadores da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo uma bioimpressora, máquina que será capaz de imprimir material biológico humano, como a pele. O intuito é desenvolver uma forma de curar rapidamente ferimentos, principalmente os cortes e as queimaduras sofridas durante as guerras, que precisam ser tratados rapidamente.

O estudo é desenvolvido por um grupo de cientistas do Instituto Wake Forest de Medicina Regenerativa, e foi inspirado nos sistemas encontrados nas impressoras comuns. Em palestra no encontro anual da Sociedade Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), o pesquisador Vladimir Mironov, da Universidade Médica da Carolina do Sul, disse que “a impressora usa uma tinta que parece um gel que contém células humanas misturadas a ele”.

O diretor do Instituto Wake Forest, Anthony Atala, disse que o projeto ainda está em fase de desenvolvimento, e que pode levar ainda cinco anos para que possa começar a ser usado no tratamento de pessoas queimadas ou feridas, mas esse já é considerado, pela AAAS, um dos mais importantes estudos já apresentados.

No último domingo (20), a Sociedade se reuniu em Washington, aonde foi apresentado, pela primeira vez, o protótipo da impressora, chamado de Fab@Home 3D. Os pesquisadores imprimiram, no evento, um modelo feito de silicone da cartilagem de uma orelha humana. Segundo os cientistas, a impressora contém ainda um sistema que escaneia e identifica os ferimentos para depois reconstruir, camada após camada, o material biológico.

A impressora biológica possui um componente tridimensional que “imprimirá” pele nova com facilidade em ferimentos. O processo tem várias etapas: primeiro tira-se uma pequena amostra da pele do paciente, depois os médicos separam o material biológico da amostra e colocam as células para se multiplicarem in vitro.

1 comentários:

Dr.Vinicius Sabino disse...

É algo realmente assustador,não sabemos onde isso tudo vai parar.

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